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Lábios Purificados


Depois de ter passado uns dias sem ler a Bíblia, resolvi fazê-lo e sem nenhum motivo aparente – mas com certeza movida pela mão de Deus –, abri no livro do profeta Isaías e iniciei minha leitura.

Ao chegar ao capítulo seis que fala da consagração de Isaías como profeta, chamou-me atenção o fato de que, embora Isaías desejasse ser o propagador da palavra de Deus junto aos homens na Terra, ao se deparar com a grandiosidade do Pai cercado por serafins, ele teme, apavora-se e reconhece sua pequenez. Não era digno de tamanha obra. No entanto, ao ter seus lábios purificados mediante o toque de uma brasa trazida por um dos anjos, ele aceita a monumental tarefa e com alegria clama: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Meditei muito sobre esse trecho e ocorreu-me que muitos são aqueles que saem por aí a propagar o evangelho do Senhor, exortando, advertindo e, algumas vezes até recitando versículos contendo promessas e/ou ameaças, mas não conseguem obter o resultado esperado. Procuram a razão para isso no coração endurecido das pessoas, na falta de fé, no desinteresse pelas coisas santas e mais uma série de outras coisas.

Entretanto, após ler a passagem supracitada em Isaías, comecei a pensar e me fiz a seguinte pergunta: será que a razão pra tanto descaso não é também culpa dos anunciadores do evangelho e não só do ouvinte? Será que aqueles que levam a palavra de Deus, reconheceram como o fez o profeta: “Ai de mim que vou perecendo porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo impuro!”? E em reconhecendo isso, pediram ao Senhor purificação e permissão para falar em Seu nome? Vale a pena fazermos uma profunda reflexão dentro de nós para encontrarmos a resposta. E, de todo modo, pedirmos ao Pai que toque nossos lábios com sua brasa e nos purifique. Amém!

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